O nosso adolescente fez quinze anos. Bolas, não deve ser fácil fazer quinze anos fechado em casa! Tendo dito isto, foi um dia muito bom. Começou com um vídeo cheio de colaborações, uma maneira de ter presente quem não pôde estar presente. Ficou lindo e acho que é uma daquelas recordações especiais que fica para a vida e sem COVID não teria existido.
O rapaz deve ter tido o maior e mais calórico bolo de anos da sua vida - bolo de chocolate duplo com recheio de chantili e morangos. Ditou a ementa do dia: Pizza caseira para o almoço e bifanas para o jantar (esta é uma casa em que não se come carne há quase um ano. Se antigamente o rapaz compensava isto na escola e nos restaurantes, agora tem sido mais complicado. Por isso, muito raramente, faço refeições distintas para que o rapaz possa encharcar-se em carne). À tarde teve uma surpresa em carne e osso, com a ajuda da mana. Quando foi passear o cão tinha uma amiga à espera que, com a segurança possível, lhe trouxe uns miminhos e muita alegria. Depois vimos pela enésima vez O Senhor dos Anéis. Por último, mas para o moço o último foi mesmo o melhor, esteve até de madrugada a jogar online com os amigos.
Domingo, continuou a festa. Dia da santa mãe. Pela primeira vez saímos os quatro de casa e fomos dar um passeio pela Serra de Carnaxide. Soube que nem ginjas. Depois, tive direito a não fazer nada e a almolanchar uma maravilhosa mariscada cozinhada pelo senhor meu homem. Desta vez escolhi eu o filme, Era uma vez na América, e foi um fim de semana muito catita.
2020, o ano dos pequenos prazeres.