Quarentena - semana 4

Nota à navegação - O mantra da semana passada é válido para toda a(s) quarentena(s).

Ora pois então, a modos que isto podia estar mais bem encaminhado. 

Isto, não é aqui por casa. Todos bem e ainda mantendo uma relativa sanidade mental e, até, boa disposição.

Agora isto... está bera. Nesta altura não consigo imaginar quando voltamos à normalidade. Nem daqui a um mês, nem no verão, nem no Natal, nem daqui a um ano. Ou bem que a vacina chega ou estou a ver a coisa muito, muito preta. Se há vez em que vou ficar contente por estar errada é esta!

Tirando isso há a assinalar que já não dou mais aulas presenciais este ano, o que me parece sensato. Já acharem que vai haver condições para ter jovens a fazer exames em julho, com aulas presenciais antes disso acho de uma inocência imensa. Parece-me chutar para a frente e deixar os jovens na incerteza mais uns tempos.

Coisas que me têm comovido: ver filhos (adultos) aos gritos nas pracetas a falarem com os seus pais às janelas.

Coisas que deviam ter sido filmadas: quase um mês depois, chegou a primeira encomenda do Continente online. Tirei tudo dos sacos no patamar e nas escadas, desinfetei q.b. e tudo o que não é fresco ficou de quarentena no chão do corredor. O processo durou mais de uma hora. Com qualquer outro cão estávamos tramados!

Coisas que me preocupam: a quantidade de pessoas que continuo a ver a andar ao pé apelas janelas.

Coisas que questiono: será que a minha necessidade de dormir tem fim? Parece-me pior de dia para dia.

Coisas que vos digo: estou muito fartinha disto.